Dentre todas as informações disponíveis na web e na deepweb, as relacionadas ao sexo é um dos tópicos que ainda deixa muitas pessoas encabuladas. Se agora é possível estar atento e testemunhar os acontecimentos mundiais ao vivo, ter acesso a arquivos de todos os tempos e de qualquer lugar do mundo com apenas um clique, há alguns anos isso era impossível; era preciso recorrer a informações reproduzidas em livros.

O mundo de informação que vivemos no final do século 20 e início do século 21 é semelhante ao ocorrido no século 15, com o uso da imprensa escrita no Ocidente. A imprensa escrita foi uma das invenções que permitiu que as ciências, as artes, a sexualidade e a cultura em geral mudassem completamente.

O salto da Idade Média para o Renascimento é marcado por essa invenção. Os métodos de busca e o link com as informações foram modificados quando o acesso foi democratizado. A Internet (mantendo distâncias econômicas) representa o sonho renascentista da hiperconectividade.

Ao olhar as duas épocas em contraponto, surge uma questão essencial: como eram as práticas sexuais numa época em que a informação circulava por via oral, em panfletos ou, em menor medida, em livros pintados à mão por monges detidos em abadias?

Apensar do uso do cinto de castidade, arranjos de casamento precoce, higiene insuficiente nas áreas genitais, s Idade Média foi uma época de erotismo, de sexualidade, de práticas secretas e lúcidas. Aqui estão 10 fatos que você deve saber sobre o assunto.

10 Curiosidades sobre sexo na época medieval

1. As pessoas costumavam transar nas igrejas

As casas medievais deixavam pouco espaço para privacidade, então os casais iam para a igreja, isso por quê a igreja estava seca, limpa e praticamente deserta durante o dia.

2. Era tradição o marido dar à esposa um "presente da manhã" no dia seguinte à perda da virgindade

Foi considerado um presente de compensação.

3. A única posição permitida era a considerada "natural"

Basicamente, como a Igreja cortava todo a diversão na Idade Média, resolveu proibir todas as posturas e ficar apenas com o "natural" (o que hoje chamamos de "papai e mamãe") que consistia no marido deitado sobre a esposa com o única intenção de fazer muitos bebês.

4. A mulher nunca deve ficar por cima durante o sexo

Porque a mulher deve estar sempre sujeita à superioridade e ao domínio do homem. Era uma crença popular que as mulheres podiam receber muito mais prazer do que os homens, então ficar no topo (e "não se submeter") era considerado imoral, até mesmo pecaminoso. A pena por esse pecado pode ser de até três anos de penitência.

5. Houve uma classificação das posições, da mais aceitável à menos aceitável

Foram propostos por Alberto Magno (sacerdote, bispo e médico da Igreja) e eram cinco (do mais aceitável ao menos): papai e mamãe, de ladinho, sentado, em pé e por trás.

6. Os clérigos tiveram que estudar todas as posições sexuais possíveis a fim de emitir sanções consequentes quando encontrassem um pecador

"Não, eu faço isso pelas sanções, não por qualquer outra coisa."

7. Aos domingos, quintas e sextas-feiras era proibido transar

Mais uma vez, a Igreja estava preocupada com a vida sexual das pessoas. E para o corpo se acostumar, decidiu proibir o sexo às quintas, sextas-feiras e domingos, pois consideravam que os paroquianos deviam ocupar esses dias na preparação para a comunhão.

8. Os homens costumavam usar uma concha que os fazia parecer que estavam sempre emendados

A xícara (peça rígida que era colocada na região dos genitais para enfatizar e exagerar o tamanho do pênis) foi uma tendência na Idade Média. Os lordes podiam adquiri-los em diferentes formas e materiais, alguns deles eram tão exagerados que parecia que seu portador estava sempre ereto. Eles eram vistos como um "símbolo da masculinidade".

9. Na Idade Média já havia viagra

Em 1980, um médico chamado Ahmed Ibn al-Jazzar decidiu investigar a saúde sexual masculina, depois de encontrar vários casos de impotência em seus pacientes. Este médico inventou algo semelhante ao viagra, que consistia em adicionar ou remover ingredientes e alimentos da dieta de seus pacientes. Após inúmeras investigações, concluiu que o mais natural era "dizer palavras bonitas, mostrar paixão, beijar na bochecha ou usar a língua".

10. A disfunção erétil era motivo para o divórcio.

Se um homem não correspondesse ao leito conjugal, a Igreja levava isso para o lado pessoal. Tão pessoal, que iniciou uma investigação privada para determinar se o homem era ou não capaz de fazer sexo.

Esta pesquisa consistiu em muitas mulheres mais velhas (consideradas muito sábias), explorando a genitália masculina e decidindo se ia funcionar ou não. Se a resposta fosse negativa, o casal poderia se separar.