O termo "psicopata" costuma rememorar imagens de vilões intimidadores como Paul Spector, John Doe, Coringa e Anton Chigurh. E independente de qual seja o personagem, a principal característica que chama atenção, vem a ser o quão assustadores eles são, já que os mesmos não possuem empatia - ou seja, são incapazes de sentir culpa, e todas as suas ações se orientam a partir de seus impulsos.

Apesar de nem todos os personagens serem tão inteligentes quanto Hannibal Lecter (interpertado por Anthony Hopkins), é inegável o quanto eles são extremamente manipuladores, sedutores e sagazes. Pessoas com essa personalidade representam de 1 a 3% da população mundial. Devido ao seus traços horripilantes e ao mesmo tempo fascinantes, são muitas vezes objeto de diversas pesquisas, que visam investigar cada vez mais novos fatos e curiosidades acerca dos mesmos.

Se você acha interessante este assunto e gostaria de entender um pouco mais sobre a personalidade de um psicopata, aqui você pode conferir 10 curiosidades sobre eles, e (tentar) compreender um pouco mais sobre este transtorno de personalidade.

10 Curiosidades sobre os psicopatas

1. Eles são imensamente charmosos

Os psicopatas geralmente são pessoas queridas. Os mesmos se mostram como indivíduos encantadores, capazes de manter um diálogo sobre assuntos diversos.

O raciocínio é uma das características que faz com que as demais pessoas sintam-se atraídas por esse perfil, já que, com histórias envolventes, são capazes de convencer e encantar quem os ouve.

2. A psicopatia e a arrogância

Sentir-se importante, é algo muito característico do psicopata. O mesmo pode ser chamado de narcisista, já que considera-se extremamente capaz e superior às demais pessoas.

Pensamentos e ideias grandiosas acerca de si mesmo, são características marcantes da personalidade psicopata.

3. O prazer por grandes e perigosos riscos

Os psicopatas não se importam com a segurança de terceiros. Diversas vezes, acabam por mentir, trapacear e roubar outras pessoas - caso isso lhes traga algum ganho pessoal - demonstrando assim, o quão tóxica uma relação com um psicopata pode ser.

Apesar de nem todos os psicopatas praticarem atividades ilegais, aqueles que o fazem, planejam o ato com muita antecedência, deixando assim, poucas evidências e provas que o incirimem.

4. A incapacidade de sentir remorso

Uma curiosidade interessante sobre o psicopata, é que o mesmo é incapaz de sentir remorso, ou seja, por mais embaraçosa que seja a situação, os mesmos não sentem culpa - fato esse, extremamente importante para confirmar o diagnóstico de psicopatia.

Sendo assim, o psicopata não admite qualquer responsabilidade por ferir os sentimentos de outra pessoa - muito pelo contrário, ele culpa terceiros. E mais, envolvem as pessoas de tal maneira, que as fazem pensar que são merecedoras do sofrimento que as atinge.

5. Eles manipulam com maestria

O psicopata é incapaz de experimentar sentimentos puros e verdadeiros. Apesar disso, são capazes de simular tais sentimentos, de forma que se torna difícil para as demais pessoas conseguirem perceber tal dissimulação. A facilidade de conquistar e manipular as demais pessoas, é um traço muito forte na psicopatia.

6. São incapazes de reconhecer o medo

Reconhecer sinais de que uma pessoa está com medo é muito simples, não é mesmo? Olhos arregalados, sobrancelhas arqueadas, e a boca se abrindo em uma expressão de grito... Embora pareça algo explícito, para os psicopatas essa expressão facial nada significa.

Esse fato se dá, por uma alteração na amígdala, região do cérebro responsável por identificar e dar respostas frente a situações que causam medo. A redução de volume dessa área, faz com que ela seja pouco ativa na mente de um psicopata, fato esse que explica porque eles são incapazes de compreender as expressões decorrentes do medo.

7. A psicopatia e a relação com a dopamina

É muito comum ouvirmos falar que um psicopata matou uma pessoa simplesmente pelo prazer de matar, não é mesmo? Mas, o que será que os faz pensar assim? Para responder a essa questão, precisamos analisar a relação da psicopatia com a dopamina.

Esse neurotransmissor é responsável por ativar os chamados centros de recompensa no cérebro humano. É como apaixonar-se, usar drogas, porém, em uma escala de intensidade muito maior.

A dopamina é supervalorizada e extremamente viciante para um psicopata. Dessa forma, não importa qual o preço que o outro possa ter que pagar: o importante é que o psicopata consiga satisfazer esse desejo por dopamina.

8. O olfato pouco aguçado

O baixo funcionamento de seus córtices orbitais, afeta o psicopata no que diz respeito à capacidade de elaborar planos a longo prazo e coordenar seus impulsos de forma que os mantenha sob controle. Além disso, eles possuem o olfato pouco aguçado.

Quanto maior o grau de psicopatia, menor será a sua sensibilidade de conseguir identificar cheiros. Diante de testes psicológicos, os psicopatas são capazes de manipular as respostas, de forma que escondam sua personalidades, porém, se colocados diante de um teste em que tenham que identificar aromas, eles possuem maior dificuldade de enganar.

9. A presença de um padrão de diálogo

Em um estudo realizado pela Universidade Cornell, foi possível perceber que quando comparados a assassinos comuns, é possível perceber no psicopata, um certo padrão de respostas.

Quando questionados sobre seus crimes, eles costumavam referir-se aos mesmos no préterito. Além disso, numa tentativa de aparentar normalidade, eles faziam uso de expressões como "uh" e "um", muito frequentemente.

E talvez, o que mais tenha chamado atenção, é que os psicopatas têm preocupações acerca de suas necessidades básicas, como beber, comer e dinheiro, enquanto que os demais prisioneiros falavam sobre suas famílias e crenças religiosas.

10. Incapacidade de aprender com seus erros

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Montreal, constatou que os psicopatas não aprendem com seus próprios erros da mesma forma que uma pessoa comum.

A conclusão a qual se chegou a partir do estudo, é de que os psicopatas levam em consideração apenas as consequências positivas de seus atos, deixando assim, passar despercebidas as negativas.

Esse fator pode explicar também, porque o psicopata tende a fazer escolhas impulsivas.