50 Fatos sobre o coronavírus

Em janeiro de 2020, os cientistas anunciaram que um novo coronavírus, o SARS-CoV-2, foi responsável por um surto de doença respiratória e pneumonia em Wuhan, China. Desde então, o novo coronavírus se espalhou pelo mundo, adoecendo centenas de milhares de pessoas.

Estamos aprendendo mais a cada dia sobre o coronavírus que causou a primeira pandemia desde a gripe suína H1N1 de 2009. Aqui reunímos 50 curiosidades sobre a SARS-CoV-2 e a doença que ela causa, COVID-19, incluindo sintomas inesperados e como ela pode ser tratada.

50 Fatos sobre o coronavírus - COVID-19

A Covid-19 e o SARS-CoV-2 não são a mesma coisa. Covid-19 é uma doença (D significa doença) causada pelo novo coronavírus. SARS-CoV-2 é o nome do próprio vírus.
CoV é a abreviação de CoronaVirus. Esse é o nome da família dos vírus (são cerca de 40), que se parecem com a coroa solar, devido às cristas espinhosas.
Os coronavírus são impostores da biologia. O arremate de cada espigão "imita" a molécula de uma substância útil, de modo que os receptores celulares a puxem para dentro de si mesmos, e todo o vírus é comprimido para dentro da célula depois que o espigão entra. É assim que ocorre a infecção.
O termo "novo coronavírus" (novo ou nCoV) significa que nem os cientistas nem as células encontraram este vírus antes.
Ao longo de 2 milhões de anos de evolução, nosso sistema imunológico aprendeu a lidar com a maioria das infecções conhecidas, mas o novo coronavírus o pega de surpresa, isso é tão difícil de lidar e muito fácil de ser infectado.
Uma vez na célula, o vírus "assume" o controle sobre ela e a força a produzir indefinidamente suas próprias cópias - em vez de suas proteínas usuais. Uma reação em cadeia começa. Como resultado, a célula morre, e o portador da infecção se torna contagioso.
No estágio inicial da infecção, o novo coronavírus se reproduz ativamente na garganta e no trato respiratório superior. Então a infecção desce e pode atingir os pulmões, causando inflamação.
É por isso que o primeiro sintoma de infecção é a tosse. Só depois a temperatura do corpo começa a subir.
30% dos pacientes de Wuhan, primeiro epicentro da doença na China, tinham temperatura normal quando chegaram ao hospital.
Cerca de uma em cada cinco pessoas nem mesmo apresenta tosse. A doença prossegue sem nenhum sintoma: a pessoa pode nem mesmo suspeitar que está doente.
O paciente assintomático pode infectar outras pessoas da mesma maneira que os sintomáticos.
Se a Covid-19 prossegue de forma benigna, seus sintomas são muito semelhantes aos da gripe sazonal: tosse seca, febre, fadiga, às vezes dor muscular ou dor de cabeça.
A Covid-19 é tratada da mesma maneira que a gripe normal - repouso em casa, alimentação e hisdratação e remédios analgésicos/antitérmicos.
Um dos sintomas mais incomuns do coronavírus é a perda do paladar e / ou olfato.
A perda do paladar e / ou olfato não é um sintoma comum - não ocorre necessariamente em todos os casos de Covid-19, mas às vezes é o único sintoma.
Importante: o portador de um novo coronavírus se torna perigoso para os outros imediatamente após ser infectado - muito antes dos primeiros sintomas (se houver).
Esse vírus raramente sofre mutação para uma forma mais mortal.
Em média, cada infectado com o novo coronavírus consegue infectar de 2 a 4 pessoas saudáveis. Este número é maior do que a gripe sazonal (1,3), mas menor do que o sarampo (12+).
Na Coréia do Sul, o vírus foi controlado até o número de casos chegar a 30. Mas a mulher, de codinome "Paciente 31" infectou cerca de 1.200 pessoas. Isso porque ela era muito religiosa e continuou visitando a igreja, apesar da tosse e da febre, ignorando as ordens das autoridades coreanas. Em 10 dias, o número de infectados na Coréia do Sul aumentou de 30 para 5.000.
A taxa de mortalidade do Covid-19 ainda é difícil de calcular com precisão, mas a maioria dos estudos a estima em 1 a 3%.
Essa taxa de mortalidade é cerca de 20 vezes mais do que a gripe sazonal, mas fica aquém em comparação com os predecessores do coronavírus SARS (10%) e MERS (25%).
A mortalidade da Covid-19 dependente da ocupação do sistema de saúde e da rapidez da assistência médica.
Na faixa etária acima de 70 anos, a mortalidade ultrapassa 5%; Com mais de 80, é de 10%.
Não se sabe exatamente de onde veio o SARS-CoV-2, mas os morcegos e os pangolins carregam vírus semelhantes a este. Provavelmente, o vírus sofreu mutação e foi transmitido a algum outro animal, e depois a um humano.
No surto em Wuhan, a primeira coisa que feita foi fechar os mercados de animais selvagem.
O vírus não fugiu do laboratório biológico, por mais que haja essas teorias conspiratórias.
A versão da origem artificial do coronavírus foi cuidadosamente verificada por várias equipes de cientistas de diferentes países ao mesmo tempo, e rejeitada como insustentável. Pesquisadores da revista Nature alegaram que "nossa análise mostra claramente que o SARS-CoV-2 não foi projetado em laboratório, e não é um vírus destinado a qualquer manipulação direcionada".
As máscaras cirúrgicas NÃO protegem contra o coronavírus. Suas partículas são tão pequenas que passam facilmente pelos poros.
Para você imaginar o tamanho do vírus, na ponta de uma agulha podem ficar cerca de 100 milhões de cópias.
Ao tossir de um paciente infectado, as menores gotas de saliva voam, cada uma das quais pode conter bilhões de partículas de vírus.
Faz sentido usar uma máscara para aqueles que têm medo de infectar outras pessoas. Não fornece proteção 100%, mas reduz o risco para outras pessoas. Por isso, todos devem usar máscaras.
Animais de estimação NÃO podem espalhar o coronavírus. Nenhum caso de infecção humana de cão ou gato foi relatado.
O vírus pode ser pego em uma sala absolutamente vazia, onde um infectado já esteve presente. Isso porque no ar, o coronavírus permanece por três horas.
Em superfícies de plástico e aço, o SARS-CoV-2 permanece vivo por até três dias, em papel e papelão - até um dia. Em cobre ele pode viver por até quatro horas.
Sendo assim, a principal e mais confiável maneira de se previnir é lavar bem as mãos depois de entrar em contato com qualquer superfície fora de casa.
Se não houver oportunidade de lavar as mãos com sabonete, use gel antisséptico 70% nas mãos.
Agua sanitária também é eficiente para matar o SARS-CoV-2.
Antibióticos são inúteis contra o coronavírus.
É absolutamente claro que uma vacina eficaz para o coronavírus NÃO aparecerá antes de um ano ou ano e meio. Provavelmente, em meados ou no final de 2021.
Ainda não há tratamento específico para a infecção pelo SARS-CoV-2. As pessoas infectadas são tratadas exclusivamente de forma sintomática, ou seja, estão lutando não contra a doença em si, mas contra os sintomas.
Mais de 25 milhões de pessoas no mundo já tiveram o Covid-19. Destes, 3,8 milhões são brasileiros.
A maioria dos pacientes (mais de 80%) não precisa de assistência médica. Eles se tratam em casa, como no caso de uma gripe comum, e geralmente se recuperam em cerca de uma semana.
Aproximadamente um em cada cinco ou seis casos requer hospitalização, principalmente para idosos e / ou portadores de doenças crônicas.
Em casos de complicação (cerca de 4%), o paciente precisa de ventilação mecânica. O principal problema é que pode não haver aparelhos suficientes para todos os doentes.
A falta do equipalento foi uma das principais causas de alta mortalidade na Itália. Foram muitos os pacientes idosos, e o pico de carga nos hospitais gerou falta de profissionais de saúde e de equipamentos.
Em um desenvolvimento separado, a busca por um remédio para o vírus continua. Não há tempo para desenvolver novos medicamentos, mas os médicos estão verificando a eficácia de medicamentos antivirais existentes.
Em alguns casos, pacientes gravemente doentes com Covid-19 receberam transfusão de plasma sanguíneo de pessoas recuperadas - com anticorpos contra o vírus.
Esta prática já foi usada em surtos de SARS, MERS e vírus Ebola, e foi oficialmente recomendada pela OMS.
Espirrar NÃO é sintoma de coronavírus. Tosse - sim, espirros - não.
O SARS-CoV-2 continua em mutação. De dezembro a março, algumas variantes do vírus conseguiram alterar o genoma 14 vezes.